Se virem o Ti Casimiro,mandem-lhe um abraço da malta de Oliveira.
Um abraçorro do tunestro para todos.
Em jeito de resposta aos comentários suscitados pelo meu post do passado dia 9 de Agosto, “Mais uma actuação da Tuna Penalvense” e porque, caro comentarista, não tenho qualquer género de problemas de consciência, permitam-me que faça meia dúzia de comentários:
Em primeiro lugar, respondo apenas pelas minhas palavras. O que cada comentarista escreve não é da minha responsabilidade. São minhas, única e simplesmente as palavras do referido post – e nelas não se encontra nem uma única referência ao grupo, nem qualquer género de crítica, no que diz respeito à sua qualidade musical. Convido-o a reler o post. Confirme.
Em relação ao tempo da actuação, eu próprio falei com a Sra. Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Góis, que me propôs uma actuação de cerca de 45 minutos. Repare que não excedemos o tempo previsto – o que se passou foi que o atraso que se verificou durante a viagem propiciou que ambos os grupos entrassem em palco mais tarde do que seria desejável, por todas as razões.
A Tuna de Penalva de há 5 anos, caro “etsaa”, era isso mesmo: a Tuna de Penalva de há 5 anos. A Tuna actual difere na orientação musical, no instrumentário utilizado, no repertório e, principalmente, na faixa etária dos seus elementos. O público é, efectivamente, soberano. Mas atentemos no seguinte:
Do meu ponto de vista (e, espero, do ponto de vista de qualquer músico e/ou cidadão minimamente informado…), qualquer tipo de música merece respeito. Parece-me óbvio que ninguém irá ao Scalla de Milão ouvir o Rancho Folclórico de seja lá onde for. Da mesma forma, ninguém espera ir a um arraial de S. João, comer uma bifana acompanhada de um fino, ao som de uma Abertura Mozartiana, por melhor que seja a orquestra. Há sempre um contexto associado à música.
No caso em concreto, a que se refere, reparei que havia públicos-alvo distintos: uns, ouviram o primeiro grupo, e foram embora. Outros, preferiram o segundo, e vieram apenas para o ouvir. Qualidade? Defina-me qualidade musical, se faz favor… resolveria um problema essencial, que já dura há dez séculos de história da música...
Quando fala das tunas do concelho, é bom que se saiba que, no domínio da musicologia, há, neste momento, três tipos de tuna aceites, pelo menos a nível ibérico…
- As tunas académicas, conhecidas de todos nós…
- As tunas clássicas ou orquestras populares, que assentam no princípio da música para orquestra de cordas… sendo que violino, viola, violoncelo e contrabaixo apoiam ou dão lugar à bandolineta, bandolim, bandola, bandoloncelo e baixo acústico…
Portanto, não me fale em figuras tristes. Desafio-o a explicar-me como é que as nossas músicas boas (sic) podem soar melhor.
Realce-se: no post que publiquei, falei de alguns elementos, (a bold, e tudo!). Não incluí o comentador devidamente identificado (a minha vénia a isso, Romeu.), nem uma série de elementos do vosso grupo, que assistiram educadamente à actuação. Alguns elementos quer dizer isso mesmo: tal como não me responsabilizo pelas palavras daqueles que me comentam, não responsabilizei o vosso grupo pela inconsciência desses alguns. Em relação ao tempo de actuação, já o referi, uns parágrafos acima.
Problemas de consciência, não os tenho. Fui muitíssimo bem acolhido pela Tuna e pelas gentes de Penalva. O trabalho desenvolvido agrada-me a mim, aos meus executantes, à direcção e à população penalvense. Agrada às salas de concerto, cine-teatros, mosteiros, etc., que se têm enchido, e cujo público soberano tem sabido aplaudir e criticar de forma construtiva.
Com os melhores cumprimentos e desejos de sucesso para ambos os grupos:
Rui Marques.