domingo, 26 de agosto de 2007

Grandes Tunos!

A noite de hoje foi, de facto, mais um marco importante para a Tuna Penalvense, por várias razões. Os meus amigos tunos estiveram muito bem, hoje, no Parque do Mandanelho, em Oliveira do Hospital. Impecável! Até houve gente que veio perguntar se éramos nós a tocar ou era playback!

Se bem que, como sabem, aquele palco de tamanho descomunal, ao ar livre, não seja o espaço ideal para o nosso grupo, o facto de a Vereadora da Cultura ter acedido ao meu pedido de colocar cadeiras logo em frente ao palco ajudou muito - aproveito para deixar aqui, em meu nome e em nome de todos os elementos, um obrigado à vereadora, e o reconhecimento pelo seu esforço para melhorar as condições dos grupos do concelho e pela sensibilidade que tem demonstrado na programação e organização dos eventos em que a Tuna e outros grupos têm participado.

Foi também muito bom termos conseguido apresentar o grupo quase completo, apesar de estarmos es época de férias. Faltaram apenas 2 elementos, mas correu tudo bem (a Rute aguentou o barco e trabalhou pelos três...). O amigo da mesa de som, que já nos conhece, também foi impecável.

O público foi muito, participativo e educado. Espectacular!... Nem parecia que estávamos em Oliveira! E quando o Parque inteiro cantou a Balada da Despedida?! Até fiquei arrepiado... :)

Como sabem, tive (tivémos!) de sair a correr, para tocar com a Orquestra Juvenil, em Lagares da Beira. Não pude assistir ao segundo e ao terceiro grupos, mas ainda cheguei a tempo de ouvir o último.

Bem, encontramo-nos no dia 2 de Setembro, para a nossa 10ª actuação desde Março, em S. Gião (se chegarmos tarde, não se admirem... temos actuação com a Orquestra, no Seixo da Beira, quase à mesma hora...). Nesse dia marcamos ensaios para a nova época. Tenho novidades para dar - novas músicas, novos intercâmbios com outros grupos, alguns instrumentos novos, uma actuação num castelo...

Se virem o Ti Casimiro,mandem-lhe um abraço da malta de Oliveira.

Um abraçorro do tunestro para todos.

















sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Orquestra Juvenil no Fórum da Bobadela

Foi no bonito espaço proporcionado pela recém-restaurado Fórum Romano da Bobadela que decorreu mais uma actuação da Orquestra Juvenil de Oliveira do Hospital.

Para além do espaço que é realmente óptimo para eventos desta natureza, também o público soube estar, escutando e aplaudindo a Orquestra - prova de que, como sempre defendi, é possível educar o público para géneros musicais um pouco mais elaborados do que o costume, no nosso concelho. Para isso, basta que os grupos se tornem cada vez mais dinâmicos: não podemos esperar que as pessoas venham à procura de Cultura - primeiro, é preciso levá-la junto das pessoas, criar hábitos, mostrar-lhe que a música instrumental não é para elites: é para todos. É preciso aprender a ouvir e a gostar.

Pena que nem todos os elementos puderam estar presentes... era de esperar, em época de férias. Um abraço a todos os elementos da Orquestra, principalmente aos mais recentes (que são indispensáveis para a continuação e para o desenvolvimento da Orquestra) e àquele punhado de veteranos, que se têm mantido no grupo, com alguns sacrifícios, embora a vida académica e profissional os tenha levado para Coimbra, Porto, Lisboa... são estes que têm conseguido manter a união e a qualidade da Orquestra e motivar os novos elementos.

Um abraço também para o homem da batuta, que tem sido, ao longo destes anos todos, professor, maestro e amigo de toda esta boa gente. Para mim, tem sido uma espécie de pai musical (eheheh, esta é gira...).













quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Este fim-de-semana, em Oliveira do Hospital

Este fim-de-semana, em Oliveira do Hospital:

- Concerto, pela Orquestra Juvenil do CCPOH, no anfiteatro da Bobadela, na Sexta-feira, pelas 21.30.

- Actuação da Tuna Penalvense, no Parque do Mandanelho, no Sábado, às 21.30, inserido no Encontro de Tunas, organizado pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.

- Actuação da Orquestra Juvenil do CCPOH, integrado nas "Noites Culturais" de Lagares da Beira, às 22.30.

Oportunidade de ver e escutar dois grupos, constituídos por gente nova do nosso Concelho, que são a prova de que é possível fazer cultura de qualidade em Oliveira do Hospital. Apareçam e divirtam-se - é importante a presença de todos: é a única maneira de garantir que vale a pena trabalhar em nome do associativismo, da Música, e da nossa Terra.

Entretanto, vão passando por www.ccpoh.com e www.tunapenalvense.pt.vu.

Para quem não pôde assistir, vamos repetir o Pianíssimo, no RitualBar, dia 15 de Setembro, e na Livraria Apolo, no dia 29. Apareçam e divulguem.

Beijos e abraços.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Apenas uma resposta

Em jeito de resposta aos comentários suscitados pelo meu post do passado dia 9 de Agosto, “Mais uma actuação da Tuna Penalvense” e porque, caro comentarista, não tenho qualquer género de problemas de consciência, permitam-me que faça meia dúzia de comentários:


Em primeiro lugar, respondo apenas pelas minhas palavras. O que cada comentarista escreve não é da minha responsabilidade. São minhas, única e simplesmente as palavras do referido post – e nelas não se encontra nem uma única referência ao grupo, nem qualquer género de crítica, no que diz respeito à sua qualidade musical. Convido-o a reler o post. Confirme.

Em relação ao tempo da actuação, eu próprio falei com a Sra. Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Góis, que me propôs uma actuação de cerca de 45 minutos. Repare que não excedemos o tempo previsto – o que se passou foi que o atraso que se verificou durante a viagem propiciou que ambos os grupos entrassem em palco mais tarde do que seria desejável, por todas as razões.

A Tuna de Penalva de há 5 anos, caro “etsaa”, era isso mesmo: a Tuna de Penalva de há 5 anos. A Tuna actual difere na orientação musical, no instrumentário utilizado, no repertório e, principalmente, na faixa etária dos seus elementos. O público é, efectivamente, soberano. Mas atentemos no seguinte:

Do meu ponto de vista (e, espero, do ponto de vista de qualquer músico e/ou cidadão minimamente informado…), qualquer tipo de música merece respeito. Parece-me óbvio que ninguém irá ao Scalla de Milão ouvir o Rancho Folclórico de seja lá onde for. Da mesma forma, ninguém espera ir a um arraial de S. João, comer uma bifana acompanhada de um fino, ao som de uma Abertura Mozartiana, por melhor que seja a orquestra. Há sempre um contexto associado à música.

No caso em concreto, a que se refere, reparei que havia públicos-alvo distintos: uns, ouviram o primeiro grupo, e foram embora. Outros, preferiram o segundo, e vieram apenas para o ouvir. Qualidade? Defina-me qualidade musical, se faz favor… resolveria um problema essencial, que já dura há dez séculos de história da música...

Quando fala das tunas do concelho, é bom que se saiba que, no domínio da musicologia, há, neste momento, três tipos de tuna aceites, pelo menos a nível ibérico…

- As tunas académicas, conhecidas de todos nós…

- As tunas e cantares, género onde se enquadra o segundo grupo em actuação, onde predomina a música de carácter vocal, com acompanhamento de cordofones, aerofones do ciclo pastoril (vulgas flautas travessas) e instrumentos de percussão, nomeadamente idiofones e membranofones…

- As tunas clássicas ou orquestras populares, que assentam no princípio da música para orquestra de cordas… sendo que violino, viola, violoncelo e contrabaixo apoiam ou dão lugar à bandolineta, bandolim, bandola, bandoloncelo e baixo acústico…

Portanto, não me fale em figuras tristes. Desafio-o a explicar-me como é que as nossas músicas boas (sic) podem soar melhor.


A sua tuna é tão boa como a minha. A sua, ao nível da música popular, cantada. A minha, ao nível da música instrumental. De resto, não conheço mais nenhuma tuna clássica no concelho – a nível nacional, conheço duas em Souselas, outra na Universidade de Aveiro, uma na Academia de Coimbra e o Grupo de Cordas de Vilar Formoso. Se quer competir, ou tecer comparações, terá de o fazer com agrupamentos musicais congéneres ao seu.


Realce-se: no post que publiquei, falei de alguns elementos, (a bold, e tudo!). Não incluí o comentador devidamente identificado (a minha vénia a isso, Romeu.), nem uma série de elementos do vosso grupo, que assistiram educadamente à actuação. Alguns elementos quer dizer isso mesmo: tal como não me responsabilizo pelas palavras daqueles que me comentam, não responsabilizei o vosso grupo pela inconsciência desses alguns. Em relação ao tempo de actuação, já o referi, uns parágrafos acima.

Problemas de consciência, não os tenho. Fui muitíssimo bem acolhido pela Tuna e pelas gentes de Penalva. O trabalho desenvolvido agrada-me a mim, aos meus executantes, à direcção e à população penalvense. Agrada às salas de concerto, cine-teatros, mosteiros, etc., que se têm enchido, e cujo público soberano tem sabido aplaudir e criticar de forma construtiva.

Criar problemas? Eu não referi nomes, não fiz críticas ao grupo, nem falei sequer na qualidade musical. Apenas constatei a falta de civismo de meia dúzia de elementos. Coisa que os vossos dirigentes deveriam ter repreendido, como eu e outros elementos Penalvenses fizemos, quando alguns dos nossos mostraram vontade de rivalizar com alguns dos vossos. Eu limito-me a fazer o meu trabalho, apoiado por todos aqueles que trabalham comigo. As desavenças, essas, já são históricas… já existiam mesmo antes de tu, ou eu, termos nascido…

Com os melhores cumprimentos e desejos de sucesso para ambos os grupos:

Rui Marques.

sábado, 11 de agosto de 2007

"Pianíssimo" no Ritual Bar


Na passada noite de 10 de Agosto decorreu mais uma bonita noite de música e poesia em Oliveira do Hospital, tendo como pano de fundo a habitual envolvência familiar a que nos fomos habituando nesta casa de família que é o Ritual.

Foi com a casa cheia de amigos e amigas, que partilham comigo o ritual do amor à arte e à saudável e respeitosa convivência que deu início o evento. Estiveram comigo, em palco, Catarina Pereira e Paulo Ribeiro, para além do Ricardo Marques (que partilha comigo não só o gosto pela música como também a árvore genealógica) e o Patrick Gonçalves, apanhado de surpresa numa brincadeira que acabou por ser simbólica, representando também, embora casualmente, o valioso trabalho de um grupo de verdadeiros e dedicados amigos que se reúnem em torno da Tuna Penalvense.

Passando pela boa música portuguesa, de autores como Sérgio Godinho, João Gil, Vitorino, Rui Veloso, Madredeus ou Jorge Palma, pelo fado, pela guitarra portuguesa de Carlos Paredes e até por uma pequena dramatização de um tema de O fantasma da Ópera, este pequeno grande concerto foi, considero, um autêntica pedrada no charco, por várias razões.

Porque se revelou a potencialidade de alguns ilustres anónimos, filhos da terra...

Porque se confirmou a avidez de cultura de qualidade, por parte dos oliveirenses...

Porque se disfrutou de uma louvável atitude de respeito e de um público de qualidade...


Volto a dedicar este bonito momento, com uma característica pontinha de saudável ironia, a todos aqueles que dizem que não há cultura em Oliveira do Hospital.

Perdoai-os, senhores, porque não sabem o que dizem...

O meu obrigado e um sentido abraço a Carlos Ramos, por uma amizade indissolúvel, construida em torno de valores sólidos e do amor pelo belo, à Catarina, com quem cultivo o amor pelo outro, pelos outros e pela música e ao Paulo, pelas horas de amizade e de música vividas animalescamente. Ao público, o nosso reconhecimento pela atitude demonstrada - é por estas pessoas que acreditamos que vale a pena a dedicação à música.











quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Mais uma actuação da Tuna Penalvense (Góis)


São quase quatro da manhã e cheguei há pouco a casa, vindo de mais uma actuação com a Tuna Penalvense. Desta vez, foi em Góis, a propósito da FACIG, o principal evento cultural do concelho de Góis. Mais uma vez, fiquei bastante satisfeito com o desempenho da Tuna, não apenas a nível musical - tive, uma vez mais, a confirmação de que todos os meus amigos tunos são, de facto, pessoas educadas e cívicas, à altura dos desafios que lhes temos proposto, e continuaremos a propor.

Tivemos o prazer de partilhar o palco com outro grupo do concelho, bem próximo de Penalva de Alva. Fiquei espantadíssimo com a falta de civismo, educação e respeito de alguns elementos do referido grupo, que não souberam adequar-se à situação e ao local onde nos encontrávamos, escarnecendo do trabalho desenvolvido pela Tuna e gritando elogios e palavras de incentivo como "Calem-se!", "Vão-se embora!" ou "Já chega!".

E como somos, de resto, pessoas atenciosas, calámo-nos (em vez de respondermos na mesma moeda), viemo-nos embora (conscientes de que o que fizémos foi bem feito, graças ao muito trabalho durante todo o ano), e concordamos que já chega (de má educação, falta de cultura cívica, falta de respeito e de normas básicas de convivência).

A todos os elementos da Tuna Penalvense (e aos Penalvenses, em geral), o meu mais sentido abraço pelo entusiasmo, pelo esforço dispensado, e pelo carinho com que abraçam a causa da boa música, sempre num espírito de respeito e entreajuda.

Beijos e abraços, Rui Marques












































terça-feira, 7 de agosto de 2007

De regresso aos blogs...

Tenho andado desaparecido do universo dos blogs, ultimamente... Muito trabalho, horários a cumprir, algumas preocupações pessoais, falta de engenho para articular meia dúzia de palavras que tenham em si algo de genuinamente belo... De qualquer forma, vou tentar ser mais assíduo nas postagens, porque sei que ainda há quem passe por cá, à procura de qualquer coisa, por mais banal que seja, para ocupar o pensamento durante alguns instantes ;)

E porque nem todos os dias são bons para dar fluência à mente e aos dedos, resolvi manter dois blogs - o Outros Sons, porque sei que ainda há quem procure ouvir para além do que se diz no dia-a-dia por vezes frívolo e banal, e o Coisas da Vida de um Músico, para partilhar com aqueles que comigo vão vivendo a arte de falar com sons.

Um grande abraço a todos aqueles que comigo vão partilhando os gestos, palavras, olhares e acordes que vão dando sentido à vida. Até breve.